domingo, 18 de maio de 2014

235.



Tuas mãos em pose mortuária
em cima desta mesa
me lembram como é fatal o tacto mal medido.

O dia nascerá.

E dos erros carnais
sobrará uma infértil velhice
que há-de largar na terra a imperdoável
secura
dos anos em que a vida queria também dizer habitação.

1 comentário:

Jessica disse...

Oh Maria, não há quem cuide das palavras como tu. Que bonito que é ler o que fazes com elas.