quarta-feira, 15 de setembro de 2010

31.


Algo não está bem. Nada bem mesmo. E sabes? Este é o meu lado positivo a falar. O outro, o destrutivo, nem se atreve a sair-me das entranhas. E olha que não é hábito. Não é hábito esconder-se desta forma brusca. Deve estar engripado. Ou então anda mal de amores. Talvez a alma começa-lhe a pesar, como acontece a todos nós. E sabes o que é mais curioso? Nunca imaginei vê-lo esvair-se assim. De tal maneira cabisbaixa.
Ele, o lado completamente fodido da minha alma, não é dado a estas coisas. Não é feito para se silenciar. Possui voz forte concebida com o propósito de gritar. De se fazer ouvir, se é que me entendes. E queres saber a melhor? Algo me diz que a culpa é toda tua, mais uma vez. Sempre lhe ignoraste a voz. E olha, esta poderosa consciência odeia que a ignorem. Acho que a foste dilacerando. Acho, do fundo do coração, que lhe atiçaste as pontas soltas. Fizeste frente ao meu pior. E a verdade... A verdade é que o fizeste demasiado bem.

3 comentários:

Anónimo disse...

um dia ainda escrevo tão bem como tu, um dia x)

Tiago disse...

o texto esta fantastico, bem estruturado e a conclusao notasse que e tua.
bom gosto musical

Anónimo disse...

e eu que não queria ter blog. o blog sabe bem, ainda sabe melhor quando temos uma pessoa fantástica por lá, oh se sabe x)