quinta-feira, 7 de outubro de 2010

73.




Um blog deixa de fazer sentido quando passa a ser dos outros. Exacto. Quando deixa de ser só nosso. Quando a alma se cala e deixa que o pensamento racional tome o seu lugar. Acontece isso várias vezes, vezes demais até. Deixamos de escrever o que nos vai na alma. Passamos a escrever aquilo que idealizamos. Que idealizamos como o indicado para impressionar os demais. E isso não está correcto. Não está correcto porque as palavras só fazem sentido quando sentidas. Isso mesmo. E sabes? Esse é dos meus maiores medos. Deixar de escrever o que sinto. Deixar de transmitir sentimentos através de palavras. E é um medo que me paralisa. Paralisa-me porque sou muito dada a sensações, embora não pareça. Sou muito dada às coisas, quando feitas e carregadas de sentimento. Porque só assim faz sentido. Só assim é que vejo razão de ser. Porque tudo o que faço, faço-o por paixão. E se queres que te diga, não me imaginaria a fazê-lo só porque sim. A fazê-lo porque fica bonito. Não. Isso não sou eu. Isso não se enquadra comigo. E por isso é que um blog deixa de fazer sentido quando deixa de ser só nosso. Quando passa a ser dos outros.

5 comentários:

Spotless Mind . disse...

Compreendo-te perfeitamente. Belo post!
*

SARA disse...

sim eu sei. mas para subreviver neste mundo e preciso ser forte. e quem nao tem essa capacidade tem que a arranjar...

mt obrigado. fico contente por teres gostado

Anónimo disse...

grande post maria!

Unknown disse...

Olá boa noite
Considero o blogue nosso e dos outros. Seria apenas meu se fosse fechado.
Uma casa aberta onde as opiniões contam e fazem a partilha de ideias.
Vou passar mais vezes

Liliana/Blewmethod disse...

Isso acontece-me sempre, por isso é que eu fiz este blog. Eu tive já 5 blogs, não deram certo. Nós gostamos que os outros vejam e digam algo, queremos ter mérito que apreciem, mas que não nos troquem as voltas, que nos façam pensar num só único tema, e "será que vão gostar?" porque normalmente, só assim é que os outros gostam com alguns temas que lhes interessem, e deixamos de pensar realmente no que gostamos "então, mas, e eu? o que gosto eu?"