quarta-feira, 17 de novembro de 2010
84.
Às vezes sinto-te a falta. Confesso. Sinto a falta da alma. Da tua alma. Dessa mesmo. Capaz de revitalizar qualquer caco outrora estilhaçado. Rasgo-me assim. Em mil pedaços. Mil pedaços de nada. E sinto-te a falta. Sinto-te a falta de tal maneira. De facto, sinto mesmo. E vivo deste jeito. Sentindo a tua falta em míseros segundos. Não sempre. Não a toda a hora. Esporadicamente. Assim como quem não quer a coisa. De uma forma subtil. Subtil que nem eu. Em ápices repentinos. Vindos do nada. E é aí que te sinto a falta. Quando a memória te traz até mim. Acontece-nos a todos. Nunca nos esquecemos completamente de ninguém. Não. De todo. Damos conta disso antes de adormecer. Damos sempre. E eu sei-o. Juro que o sei. Sei porque te sinto a falta. Sinto-te a falta mesmo que não aparente. Sou mesmo assim. Baça. Transpareço apenas aquilo que quero.
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3 comentários:
''Nunca nos esquecemos completamente de ninguém. Não. De todo. Damos conta disso antes de adormecer.'' ditas verdades. adoro esta forma verdadeira do que escreves. fantastico
Eu sei que não o consigo esquecer...mas não por segundos...é mesmo sempre... Há pessoas que se tatuam indecorosamente nas nossas vidas, e não há amor-próprio que nos salve...
Viver em metade nunca soou tão triste...
exactamente!
nesse caso, pensamos da mesma maneira.
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