segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

93.


Nunca. Adoro o nunca. Adoro dizer nunca. Dizer nunca aos outros. Jorrar-lhes com nunca e de nunca não sair. Travar-lhes o apetite e deixá-los cair assim. No negro. Na realidade do negro. Sem fantasia nem sonhos envolvidos. Negro. E negro só. Gosto mesmo. Bem melhor que não, esse tal de nunca. Bem mais feroz. Capaz de romper almas. Capaz de corações estilhaçar. Cacos movidos no ar. Nunca. Poderoso nunca. Que tanto gosto de te dizer. De te usar para acalmar palpitações. Ou então, para as provocar. Nunca. Se fosse uma palavra, seria o nunca. Daquele jeito. Daquele jeito que tanto me encanta. Inalcançavel. Porque nunca é mesmo assim. Intocável. Intocável que nem eu. Sempre. Sempre que nem eu.

7 comentários:

Ana Vieira disse...

Maria morena,nem sabes o calor que me deu no corpo ao ouvir a música mal entrei no blog.adorei o texto.e a música,já sabes (:
withlove,ana

Emmeline disse...

mas nunca digas nunca, maria-estrela

Cherry disse...

Nunca digas nunca.
Adoro esta música *-*

Ana Vieira disse...

acho que é a questão do "mau tom".e essas pessoas não costumam ir aos funerais.penso eu.pelo menos acho que nunca ouvi ninguém dizer algo do:detesto aquilo filho da mãe,mas vou ao funeral dele..afinal só lá vão os entes queridos,certo?
mas é feio na mesma.é coitadinho?não,era.e coitado é corno.ora porra,que falem mal dele enquanto vivo porque morto já não lhe serve de nada
(e acho que fui mesmo confusa neste comentário ahahaha)

Spotless Mind . disse...

Pensamentos sempre sentidos.
Que mente brilhante a tua!
Um beijinho.

Anónimo disse...

amo. sabe bem dizer nunca? maybe

Tomatina Y disse...

nunca e sempre são palavras muito grandes. :)