Morres demasiadas vezes pelos outros. Tentas sempre dar grandes doses de amor condensado e nunca te chegas a aperceber de como as pernas te vacilam e a forma como tudo vira cinza mesmo sem sequer ter ardido. Não tens como fugir, nunca tens como fugir. Porque a ti, Margaret, nunca te ensinaram a escapar a densidades emocionais nem a vergar o coração quando até o tempo parece magoar-te os ombros. Fazes de conta que o céu ainda te sabe ao mesmo e que as cores continuam berrantes quando na verdade nada é mais o que era. Quando na verdade já nada é capaz de te manter flor de jasmim, sem adornos, com mais que o pó na palma da mão. Tornas-te vazio em lugares que alguém esqueceu, em amores que ninguém quis. Um pouco resta, a garganta arde e depois percebes que o mundo não somos nós, nem os outros, mas todos quando presos a compassos de música do coração.
Com amor,
Peter.
10 comentários:
sinto-me tão triste sabes? porque apesar do reconfortante que possam ser estas palavras o meu coração enfraquece ao lê-las, porque tocam-me como verdades entendes?
um beijo
"Porque a ti, Margaret, nunca te ensinaram a escapar a densidades emocionais nem a vergar o coração quando até o tempo parece magoar-te os ombros." Belíssimo...
Gostei muito do texto e também gostei do visual do blog.
Simples mas bonito. :b
Vou seguir :D
morro de palavras Mi
somos sons, cheiros, batimentos cardíacos, sorrisos, lágrimas, sangue, beijos, abraços...
Oh, que querida, obrigada :3
saudades de te ler +.+
Maria já te disse que renasço sempre que venho aqui?
"Morres demasiadas vezes pelos outros. Tentas sempre dar grandes doses de amor condensado e nunca te chegas a aperceber de como as pernas te vacilam e a forma como tudo vira cinza mesmo sem sequer ter ardido."
-Parece que lês o meu coração, é inacreditável.
E ainda não te tinha dito, mas este é sem dúvida o melhor blogue, apaixonei-me desde o momento em que entrei aqui.
tens tanto que ler! vais-te identificar mil com o livro.
e essa noite, está para breve?
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