E embora foram esses tempos em que o mar cabia dentro de todas as horas vazias, de todos os espaços quebrados, em que eu procurava pelas ausências que ao adormecer perdi. Partiram esses tempos, em que eras o barco que regressava todos os dias ao entardecer, após a maré se chamar saudade, após o mundo desabar sob os ombros de quem um dia se esqueceu de si. Lá longe vão esses tempos, em que os cabelos se desalinhavam ao vento e também nós éramos arejos de coração. Hoje a tua morada é de longe e já não sei que ruas são essas, as que não têm o teu nome.
Margaret, 13 de Março de 1986
2 comentários:
olha terei de explicar não apenas um dia mas uma semana inteira porque todos os dias desta semana terás um poema teu e inspirado por ti, de um ideia de ti ou de um qualquer tu sensorial.
de momento só sei que fui invadido por uma vontade irresistível de cantar e quero que tu me ouças, pois as tuas palavras pedem que alguém te cante.
http://sometimesibuildwalls.blogspot.pt/2012/04/espera-vos-um-belo-cao-de-pelo-liso-e.html
aqui me tens novamente derramado em letras
http://sometimesibuildwalls.blogspot.pt/2012/04/o-importante-e-levar-daqui-o-que-nos.html
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