segunda-feira, 9 de abril de 2012

175.



E embora foram esses tempos em que o mar cabia dentro de todas as horas vazias, de todos os espaços quebrados, em que eu procurava pelas ausências que ao adormecer perdi. Partiram esses tempos, em que eras o barco que regressava todos os dias ao entardecer, após a maré se chamar saudade, após o mundo desabar sob os ombros de quem um dia se esqueceu de si. Lá longe vão esses tempos, em que os cabelos se desalinhavam ao vento e também nós éramos arejos de coração. Hoje a tua morada é de longe e já não sei que ruas são essas, as que não têm o teu nome.

                                                                                                         Margaret,  13 de Março de 1986

2 comentários:

Anónimo disse...

olha terei de explicar não apenas um dia mas uma semana inteira porque todos os dias desta semana terás um poema teu e inspirado por ti, de um ideia de ti ou de um qualquer tu sensorial.

de momento só sei que fui invadido por uma vontade irresistível de cantar e quero que tu me ouças, pois as tuas palavras pedem que alguém te cante.

http://sometimesibuildwalls.blogspot.pt/2012/04/espera-vos-um-belo-cao-de-pelo-liso-e.html

Anónimo disse...

aqui me tens novamente derramado em letras

http://sometimesibuildwalls.blogspot.pt/2012/04/o-importante-e-levar-daqui-o-que-nos.html