quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

202.


Há muito que não sei de ti. Dizer-te que vives ainda nos corredores, nas ausências. Mas hoje sei que nesta casa já só há espaço para a carência das palavras e a sombra da convulsão das lágrimas. Faço ainda amor contigo nas feridas, na solidão. Escrever-te ininterruptamente a urgência dos teus dedos nos meus dedos, a urgência de sons neste silêncio que semeaste muito antes da partida, para que em meu interior se conservasse para sempre tua voz.

1 comentário:

Anónimo disse...

ha tanto tempo que nao te lia, tinha saudades. bonito, um beijo