terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

106.



Ele era que nem uma nódoa colada no seu peito - em jeito de lembrete que todas as manhãs lhe gritava ao ouvido : "Aqui estou eu, hei-de estar sempre, sabes? Porque agora eu sou um bocadinho de ti. E podes-me encontrar bem perto - entre os limites que compreendem o borrão sentimental e o coração. Estou esbatido na tua pele e assim hei-de permanecer até te conseguires despir de mim." E ela, em silêncio, respondia-lhe sempre que ele era um rasgo de ternura, o seu rasgo de ternura. E assim ficavam, de voz resguardada provocando ricochetes nas almas um do outro com simples olhares.

9 comentários:

Emmeline disse...

um rasgo de ternura! é tudo o que te posso dizer. um verdadeiro rasgo de ternura. e sempre, sempre muito... teu, pesado no sentido que se sente. bem no coração. para sempre maria! e sim, sinto-me mesmo em casa. já numa ou outra vez que me tinha cruzado contigo tinha sentido isso. e se queres que te diga, és a primeira pessoa que conheço com esse 'poder'. porque eu acho tão bonito. porque sorris, sorris com a alma toda!

Emmeline disse...

quando o meu coração te é dado, sabes exactamente por que pontas lhe pagar. adoro maria estrela... hei-de fazer tudo para que nunca, para mim, deixes de brilhar.

Anónimo disse...

eu consigo sempre encarar as tuas palavras como sinais. um verdadeiro rasgo de ternura como tanto o descreves aqui. sinais e rasgos de ternura à maneira. Mesmo à tua maneira. sempre!

Anónimo disse...

"E podes-me encontrar bem perto - entre os limites que compreendem o borrão sentimental e o coração. " algo de fantástico maria.
Aquilo que lá está escrito é o que me vai na alma sem duvida.

Anónimo disse...

lindo mesmo!

Emmeline disse...

The Cinematic Orchestra - To Build a Home. para sempre linda. e ... tu. muito tu, acho. adoro a música :)
e adoro a maria estrela que brilha sempre, sempre.

Maria Sirgado Ruas disse...

Muito obrigada Maria. Agradeço imenso a tua opinião e já agora retribuo (verdadeiramente). Gosto bastante do que escreves. A objectividade e a pureza da tua escrita ultrapassa-me.

Vânia M disse...

Maria, antes de mais, deixa-me dizer que se há palavras que conseguem tocar uma pessoa são as tuas. sem dúvida as tuas. e agradeço imenso essa tua disposição para comentares os meus desabafos.
agora, relativamente ao que disseste, e mais uma vez, tenho de concordar contigo. se há algo que nos mova é o amor, isso é uma certeza. o amor transforma-nos. transforma-nos de que maneira! é capaz de nos pôr a fazer loucuras por ele. e nós obedecemos a este sentimento tão amargamente doce. somos capazes de percorrer caminhos que sempre excluímos do nosso trajecto de vida, só para alcançar o fim. mas o amor é assim mesmo. sempre de mãos dadas com a loucura e nunca a olhar de frente para a razão.
e, como tu disseste, há-de haver sempre um testo para a nossa panela. seja aqui, no sítio onde moramos, seja do outro lado do mundo. mas há-de existir sempre alguém que retribua os nossas sentimentos, na mesma quantidade.
Maria, um obrigada do tamanho deste mundo e um beijo de igual tamanho! (:

Ivone Silva disse...

que lindo, mesmo.