sexta-feira, 2 de setembro de 2011

142.



- Temos sempre tanto medo de dizer às pessoas o quanto gostamos delas.
- Acho que é por nos sentirmos sempre demasiado expostos, orquídea, demasiado dados emocionalmente. Como se nos colocassem entre quatro paredes geladas, como se nos tivessem nas mãos.
- Assusta-nos saber que podemos a qualquer altura quebrar, morrer um bocadinho só porque alguém não soube cuidar de nós, não é?
- No fundo, somos todos demasiado criaturas assustadiças, sempre à procura de enormes doses de mundo, quando o mundo cabe tantas vezes na palma das mãos.
- Singularidades perdidas. Tantos músculos retraídos e eu aqui cheia de vontade de dançar.
- Sabes, às vezes bastava-nos saber que somos um rasgo de um coração, que pertencemos a uma alma.
- Culpa desta necessidade doida de ser de algum lugar, de ser de alguém, sem nunca deixarmos realmente de pertencer única e exclusivamente a nós.
- Uns constantes amantes de horas vagas, constantes laços que nos parecem sempre tão fortes e tão frágeis ao mesmo tempo. Só quero ter a certeza, orquídea, que sabes o quanto és baú de sonhos para mim.

18 comentários:

Anónimo disse...

temos mesmo :s

Anónimo disse...

há tanto tempo que não vinha cá, meu deus. a culpa é do blogger que não faz aparecer as tuas publicações quando publicas, aww *-* tu sabes mas eu vou repetir, é dos melhores blogues e eu gosto muito de falar contigo. sometimes. ♥♥

ines disse...

Todos pensamos que vivemos em bolas de espuma, em que gostar constitui um dos maiores picos que a rebenta e nos expõe a dor. Tristes criaturas.

JL disse...

gostei :)

Anónimo disse...

ohh tão querida *-*

opistia disse...

eu gosto do que e como escreves e muito :)

Maria Sirgado Ruas disse...

Adorei Maria! Não poderia ser mais verdadeiro este texto!

Mafalda disse...

Renasço. As tuas palavras limpam-me a alma, tiram-me muitas vezes as ilusões. São sempre um poço de verdade.

opistia disse...

precisamo-nos...

Anónimo disse...

andamos constantemente com essa necessidade de alguém e de pertencer a algum lugar.

Emmeline disse...

Oh meu amor,posso chamar te assim? é que és tão bonita. e olha, volta sempre que quiseres. e não é que a vida e o destino tem sido tão queridos,e ando a matar as saudades das queridas terças feiras? oh:)

Emmeline disse...

OHHH eu tambem mas confesso que tenho tanta vergonha oh:). pareces tao intocavel e de porcelana. nem sei bem como me dirigir a ti.

ines disse...

Não podias ter dito melhor. Pecado não, digamos que se trata de acções de autodefesa

Sofia Marques disse...

adorei o texto, e sim, temos medo de dizer ás pessoas o que sentimentos, talvez seja por termos medo de não sermos retribuídos :/

Anónimo disse...

sempre tão riquintada de beleza interior. sempre tão a tua lingua e não a simples lingua Portuguesa. Maria linda. <3

Maria Francisca disse...

Nós a bebermos um copo e a ouvirmos Smiths. Isso era mesmo fixolas.

Emmeline disse...

é que as palavras que eu tenho para ti são as mais bonitas palavras que existem, mas ainda assim eu acho que se tornam demasiado pequeninhas...mas es tao adoravel. consola me ter te:)

Anónimo disse...

É quase desconcertante ler este registo... o arrepio é tanto da alma, como é do corpo.
Talvez não tanto pela veracidade do que escreves, mas por causa da forma como o expões.
Talvez porque é sublime, porque é pulcro.

Mais um pedaço maravilhoso, Maria, que delícia para o espírito*