domingo, 25 de setembro de 2011

145.


Deixa-te ser frágil por um bocadinho. Este mundo é tão bola de sabão, tão elástico sentimental... Deixa-te ser frágil por um bocadinho. É que, ohh, são fardos tão pesados, pedras na alma e milhões de estilhaços no vento. Ilusões e esperanças que num dia alguém fique contigo para sempre, quando na verdade, no fim, toda a gente vai embora. Contam-se já demasiados arranhões, demasiadas chávenas de chá vazias e palmas das mãos feridas de tantas quedas. Por isso e por tudo e por nada, deixa-te ser frágil por um bocadinho. É que custa tanto ser forte o tempo todo, orquídea.

12 comentários:

Sara disse...

oh, se custa Maria.

JL disse...

adorei maria

Marcela disse...

Sigo*

Sara disse...

tens razão Maria, não temos. Às vezes nem custa, nem sempre o que é para os outros um fardo é-o para nós, só depois de pensarmos um bocadinho ou bocadinhos seguidos e de nos magoarmos é que nos apercebemos que talvez nos damos demasiado em troca do pouco que nos é muito. acaba por doer e à dor junta-se o tudo que contra ela foi feito.

Anónimo disse...

pois éé *-*

Marcela disse...

Obrigada, e bem vinda à minha também :)

JL disse...

Igualmente maria. Como cada letra tua :)

Emmeline disse...

há sempre um sol. e o meu às vezes chama-se maria.

Lipincot Surley disse...

E ela, cedeu?

Gosto sempre tanto de cá vir M. :)

Anónimo disse...

É muito difícil pedir isso, e ainda mais aceitar. Os mantos que nos cobrem confortam-nos, sabes? Tirá-los é estar nu no Inverno. Mas a leveza que se sente é, sem dúvida alguma... libertadora.

Beijinho grande*

Sara disse...

obrigada, Maria-linda.

Anónimo disse...

É tão bom ler-te. Gosto como envolves as tuas palavras afiadas em algodão doce.
São fortes, mas ao mesmo tempo doces...