segunda-feira, 27 de maio de 2013

217.



Em teu choro, orquídea, sempre conservas um travo de pesticida;
com um ramo de lírios a desprender-se do coração um dia me disseste que
"às vezes é preciso aniquilar flores
e ocupar a memória com o que as pessoas normais ocupam."
- Ferrugem?
- Ferrugem.

3 comentários:

Iolanda disse...

delicado.

Invisível disse...

Adoro, não me canso das tuas palavras.

Lipincot Surley disse...

Às vezes a banalidade sabe tão bem.
Espanto-me sempre como por vezes pareço achar que o coração se entranha de ervas daninhas e que ociosamente elas se desprendem como lírios. O problema é quando me habituei ao seu peso! E já não gosto de não as ter.
LS