Resíduos
contaminam a pele dos dias. Cá
deixaste cores que não sei distinguir, quando a noite
cai dos céus e se entorna na solidão.
Destroços
atravancam o espaço sem espaço
da neblina infernal do amor. Um
século era o que pedia para renovar o velho coração
e suas lascadas paredes. Mas
eu não sei o tacto do tempo e
sempre marco mal as horas onde
hás-de aparecer de novo e contar-me do
daltonismo da madrugada.
6 comentários:
está maravilhoso, obrigada por me teres feito sonhar por uns breves minutos.
o que fazes sem um século?
Varro-me como melhor sei, engano-me. De onde vem tanto entulho, João?
Diz-me tu.
A tua escrita fascina-me, sempre e sempre, consegues levar as pessoas para outra dimensão através das tuas palavras.
Perfeito. Leste-me os pensamentos. Escreveste-os e choraste-os por mim.
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