Trazer capitais e articulações no antebraço.
Há os que esquecem
e os que se retomam no esquecimento; as línguas do mundo são uma mentira.
Onde foste tu, oh inferno, quando te quis para combater a inércia?
Agora fica-te aonde não há rosa dos ventos e
os mapas são só sinais
que na pele de um ex combatente de guerra
dizem coisas sem voz.
Em tempos soube de que matéria é feita a desilusão dos homens
a perda dos homens
os crimes dos homens.
Hoje pouco ou nada conheço desses nordestes da carne
e do coração.
9 comentários:
Porque paraste de escrever? tenho saudade dos teus textos. por favor, não pares.
A fonte às vezes seca... E as palavras são demasiado senhoras do seu nariz para eu ter sequer coragem de as evocar. Sei, no entanto, que quando a sua vontade for essa, retomarão meus dedos. (Obrigada pela saudade, andar à chuva vai custar menos hoje).
Já vai algum tempo desde que soube de ti mariazinha. Continuo a ver-te lá pela escola, mas este ano pareces tão vazia... não me arrisco a dizer triste, mas pareces tão distante. E aparenta também que te esforças demasiado a tentar não o parecer... estás cansada?
Em que pensas tu guerreira ? O que te faz assim? No ano anterior parecias tão feliz, tinhas tanta luz e, não sei... parecia que andavas de coração leve. O que/Quem te cobria as mãos de leveza? Também o quero, caso seja um guerreiro haha.
Nós somos da mesma distância das coisas que nos faltam, locke. Se está longe o que nos enche as mãos então estamos nós também, é proporcionalidade directa, não tem como enganar. E eu estou cansada e distante, assim como o dizes. És tu que és bom observador ou sou eu quem não sabe mascarar os chumbos que hoje me habitam?
Talvez ambos, eu uma altura não sabia como "camuflar" as minhas tristezas também, e sempre houve quem notasse mesmo rápido. Não entendo.
Sempre com respostas que nos encantam mariazinha.
Mas enganaste-te, sou uma "she" haha. Lembraste de mim, e da conversa dos chás? Costumava vir aqui, do tempo em que o teu blog tinha música, devias por outra vez. Faz-te perto do que te falta então, ou corrói tu própria os chumbos. É igualmente cansativo ver alguém tão bonito como tu com tanto peso.
Deixei de acreditar em blogs com música, sabes. As palavras devem ter a liberdade de construir a sua própria melodia. Assim no silêncio qualquer sonata pode ser a sua, os nocturnos do chopin ou erik satie ou outra coisa qualquer que nada tenha a ver com estes dois mas que embalem e enterneçam o leitor. Por isso aqui ouves agora unicamente aquilo que as palavras e as imagens juntas figuram: que pode ser o que quiseres. Sabe a chá, não sabe? A liberdade.
Eu juro que ando a esforçar-me, pequena she. Esforço-me por endireitar o coração e as costas. E esse meu esforço é aquilo que tu julgas como disfarce. Acredita em mim, eu não tento disfarçar coisa alguma. Ou se tento, é de mim mesma. Finjo que reaprendi já os gestos da felicidade e depois cruzo uma qualquer esquina e afinal era tudo uma farsa. Mas obrigada, Outubro chora em menor convulsão porque apareceste.
hmmm chá!
Falas sempre assim com tanta dor? Quase parece que és tu que a crias.
concordo com a pequena she, meu pássaro.
Passo por aqui todos os dias e a tua actividade entristece-me. Porque secas? Não deixes, tens muita luz tu. Fico contente por manteres o locke na memória :)
A home...
por coincidência ouvi a Carolina eu. Trazem tanto não trazem? É engraçado o modo como se pode anexar qualquer coisa externa a uma música.
"Held on as tightly as you held on to me". Lindo não é?
Obrigado maria... pelas palavras. Lê-las mais uma vez retira-me um pouco desta terra gélida com que tanto me cobri.
Mas olha, tem coragem. Para qualquer coisa, um silêncio, um encosto, um abraço... ajudarei no que puder, com a coragem que não tenho.
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