Alheia caminhas nessa calçada
como se recolhesses flores.
Mas o teu regaço vem vazio e as tuas
mãos
cobertas de lucidez.
Os teus pés, ah! como errantes caminham
e nas
ruelas vão deixando uma suavíssima
memória de pétalas,
de naufrágios,
de povoações.
Entorpecidas seguem tuas pernas,
os joelhos
cheios de postais e antigas aldeias.
Mas o teu regaço vem vazio e os teus
caminhos já só albergam casas desabitadas.
3 comentários:
Lindo!
tenho saudades de ler algo teu, não estás a estagnar pois não guarda-rios ? estou cá se precisares.
Estou a escrever coisas muito acres; não me parece ser possível partilhá-las. Mas obrigada... No outro dia julgo ter visto um guarda-rios. Lembrei-me de ti.
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