segunda-feira, 2 de maio de 2011
125.
- Gostava sempre um bocadinho mais de ti quando eras frágil e fria - disse-lhe ele. Quando eras de movimentos contraídos e tudo parecia envolvido em apatias tuas. Quando ficavas na iminência da queda: um sopro a mais e os cacos estilhaçavam-se no chão. Ohhh, parecias-me sempre tão sozinha orquídea, parecias-me sempre longe daqui. Em todas essas vezes esta casa tornava-se demasiado pequena para um amor como o teu. As paredes fraquejavam e o chão rangia e as doses sentimentais viravam monstros. E talvez, nessas alturas, nem mesmo o mundo inteiro fosse o suficiente para ti. Às vezes tudo parece excessivamente pequeno para ser capaz de acarretar o peso de um sentimento. Porque às vezes, bem, às vezes o muito torna-se incrivelmente pouco.
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22 comentários:
Ja tinha saudades de te ler Maria. Gosto sempre da maneira como constróis cada palavras. Esta lindo*
que foto.
oh. sabes, não há melhor recompensa do que acabaste de me dizer. vê-se nos meus olhos, a ternura da tuas palavras que sei que são para o meu bem, de alguma forma.
e sabes... aqui em cima. o problema está na fusão que o amor provoca. é quase impossível que não nos tornemos menos do que aquilo que somos.
lindo Maria *
não sei como raio mas identifico-me tanto
e quando disse "nos tornemos menos do que aquilo que somos" não foi, de longe, no sentido de sermos menos, mais pequenos do que somos. mas sim, sermos menos, mais pequenos do que aquilo que julgavamos conseguir ser. passarmos a ser doces. e a gostar. e a ser quentinhas. quentinhas. sem palavras frias. maria estrela. como sempre te disse.
Adoro as tuas palavras... entendo-as tão bem... the world is not enough... the sky the only limit :)
Começo a ficar impaciente à espera de algum texto de que não goste tanto. Parabéns :)
Já agora, ela cresceu foi? Ou ele mudou?
LS
é verdade sim, apenas acho por vezes isso extremamente estranho, conseguir descrever o que outra pessoa sente mas falando da tua pessoa.
Boa noite :) Gostaria de seguir o teu blog uma vez que gostei muito de o ler, mas não encontro a opção.
Oh querida cor de amor!
A música é um encanto, e não poderia ser de mais ninguém a não ser do meu genial Patrick Watson... the great escape.
adoroo!
Muito obrigada :)
escreves taaaaao bem.
está lindo maria **
tenho um professor que diz, "as emoções incham, desinhcham e passam, mas os sentimentos ficam". talvez por isso, por permanecerem, nada suficientemente grande em espaço pode ser comparado à dimensão psicológica deles, e às consequencias que eles acarretam.
que doce. muito muito doce
obrigada maria, és um doce
estou com saudades de te ver cá
então, se isso de alguma maneira, seja ela qual for, te trouxer a isnpiração ao de cima e sobretudo às palavras, lê-me sempre, para eu matar as saudades de ti mais depressa.
Belíssimo.
flutuar...
Se tu soubesses o quanto me vejo aqui. Se tu soubesses...
Que prazer sempre voltar aqui*
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