"Está a chover. As gotas de água tornam o mundo demasiado pequenino, não tornam? Ou talvez seja eu a ficar minúscula. Devias estar cá - tenho tantas - ohhh tantas - saudades tuas. Andas perdido nas tuas próprias entranhas, colando o nada em quem se tinha habituado ao tudo. Dói, sabes? Dói muito sentir este borrão apático quando já se provou o calor de um amor numa noite de Inverno. E de todas as vezes que sinto pedaços de mim escorregar-me da alma, sei que são os outros, são sempre os outros quem mos roubam, mas desta vez, bem, desta vez é como se tivesses sido tu quem realmente deixou um fragmento; quem deixou as cartas escritas debaixo de sonhos impossíveis, quem deixou os amores disfuncionais e o bule ainda com umas réstias de chã. Na verdade, foste tu quem foi embora, sem nunca ter realmente partido. Tenho frio - incrível que a única coisa que seja capaz de sentir seja isso - frio.
Com amor,
Susan"
16 comentários:
fantástico, fantástico mesmo Maria!
colando o nada em quem se tinha habituado ao tudo
ainda bem que ela voltou, é das poucas coisas que ainda mexem comigo
sem palavras
como sempre um mimo, como sempre mesmo maria
concordo Maria. fazem-nos tanta, mas tanta falta.. e nem sequer sabem de metade!
é bem dificil sim, mas acho que neste caso nunca me desencanta, até pelo contrário..
oh* espero uma terça muito doce.. bem bem doce.
Esta incrivelmente bonito Maria.
as mágoas arrefecem-nos...
''colando o nada em quem se tinha habituado ao tudo.'' Adorei este fragmento do teu pensamento mais puro e doce! Adorei a sinceridade! Adorei esta tua forma de expressão! E estas as palavras, serao sempre muito poucas para ti.
Maria linda <3
tudo voltará e tornará a ir. e voltará de novo. tudo é efémero.
hummm e ficar sem palavras é bom ou mau?
Receber um elogio de quem escreve como tu escreves, é uma honra! Obrigada...
as tuas palavras caem assim como beijinhos queridos na minha alma. oh maria. pois é. também fiquei.
Gosto sempre de te ler.
Lindo lindo
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