sexta-feira, 13 de maio de 2011
127.
Um dia disse-me: "Ali estavas tu, rasgo de céu, encostada à parede rosa, de expressão carregada na face e peito na iminência da quebra: ali estavas tu, a lutar como só tu sabes lutar, a lutar pelos nossos heróis - que na verdade nunca chegaram realmente a existir." Não lhe respondi. E talvez devesse: talvez devesse ter-lhe dito que de todas as vezes que me via de lágrimas no olhar e fúria na alma era por sua culpa. Talvez devesse ter-lhe dito que, no fundo, era ela quem eu queria salvar. Tanta coisa por confessar - deixada na gaveta que a garganta é - cheia de pó e arrependimento e eu ali, - pequenina - apenas com medo de a perder, como quem perde um suspiro quando não quer.
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12 comentários:
oh maria. perdi assim mesmo um suspiro. és terrivel. mas doce. sabes sabes sabes.
oh maria, escreves mesmo, mesmo bem!
fica sempre tudo por dizer...
está magnífico!
Tão triste :( "deixada na gaveta que a garganta é" muito bom... abre-a de uma vez, é capaz de ranger ao estrondo do teu pensamento, mas abre-a de tira-lhe tudo de dentro em grito, que seja em grito...
Maria está fantástico. Tens um poder enorme com as palavras*
So dirty poetic!!!! Oh God!! Above it all!?!?! Just fuck it all!!!!
beijos
Dá uma vontade de ir a correr e gritar a verdade!
http://myfashioninsider.blogspot.com/
Talvez ela devesse ter sabido. Talvez não devia uma garganta (pequenina) encerrar tanta coisa.
Apesar de tudo, e até mesmo de não existirem, é bom saber que durante algum tempo se lutou por heróis em comum!
LS
adoro as tuas palavras, adoro o sentimento q transmites os textos
um miminho para ti
http://beatrizaraujo.blogspot.com/2011/05/miminhos.html
perco tantos suspiros assim.. oh. princesa do olhar doce, é bom ouvir-te. sempre. muito mais com o que me acabaste de dizer.
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